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Foto: TJRS (reprodução)
Em depoimento de apenas 27 minutos no júri da Kiss, o juiz aposentando Pedro Antônio Bortoluzzi falou sobre a personalidade e a relação com o réu Marcelo de Jesus dos Santos, ex-vocalista da banda Gurizada Fandangueira. Depois de se aposentar, Bortoluzzi atuou no ramo de construção civil. Marcelo trabalhou com ele desde abril de 2011 como azuleijista. A testemunha foi chamada como bonatória - que não sabe sobre o fato (incêndio da Kiss), mas foi arrolado pela defesa para que os jurados "saibam quem é o réu Marcelo".
De acordo com o depoimento, Marcelo trabalhou 53 meses com Bortoluzzi.
- Sempre correto, tranquilo, profissional, respeitador. O pai e o irmão dele também trabalharam comigo - diz o juiz aposentado.
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Durante todo o depoimento do ex-chefe, o réu Marcelo chorou em plenário. Bortoluzzi conta que, depois da tragédia, Marcelo tinha dificuldades em encontrar emprego. Para isso, antecipou a contratação dele para ser também pedreiro de duas obras. Ele afirma que Marcelo sempre usou equipamentos de segurança e se mostrou uma pessoa preocupada com essas questões.
- Marcelo é uma pessoa que contrataria sempre. Ele é disciplinado, assíduo, competente e respeitoso. Ele é responsável e preocupado com os demais colegas. E, como pessoa, eu diria que ele é um sujeito bom, bonachão, amigo de todo mundo - resume.
O juiz aposentado também lembra que Marcelo teve Covid-19 e precisou ser hospitalizado. Além disso, a mãe do réu morreu em decorrência da doença.
- O Marcelo sofre com isso, não teria porque eu mentir aqui. O fato foi muito grave, ele tem consciência disso. O Marcelo fala muito pouco sobre isso. E, como sou reservado, não gosto de intrometer, não fico perguntando, sei que é doloroso pra ele. O que ele me disse, chorando, é que jamais teria acendido aquele fogo se soubesse o que iria acontecer - conta Bortoluzzi.